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17/02/2009

 
 
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Ponte sobre o Rio Pardo

 

Desmonte da estrutura existente para substituição

 

 

Projetada pelo Eng. Roberto Rossi Zuccolo em 1960 e construída pela Construtora C.F. Franco Engenharia S/A, a obra existente no Km 257+455 da Pista Norte da Rodovia SP-340 é composta por 4 vãos contínuos com aproximadamente 30 metros de comprimento cada e dois balanços extremos de 5 metros, perfazendo o comprimento total de 130,71 metros. A plataforma com a largura de 10,40 metros, conta com passeios de 1,15 metros nas duas laterais, guarda-corpo padrão DER e pista de rolamento coberta com capa asfáltica variando entre 6 e 8 centímetros. A superestrutura é constituída por laje e duas vigas protendidas longitudinais principais de seção variável. Cada vão conta com cinco transversinas intermediárias. A meso-estrutura é formada por cinco apoios aporticados, compostos de dois pilares circulares com diâmetro igual a 1,20 metros cada, com travessa de travamento no topo e a meia altura.

 

A Inspeção Especial, cujo escopo é o mapeamento minucioso das anomalias da estrutura, neste caso enriquecida com os dados da Inspeção Sub-aquática das fundações, registrou a existência de anomalias incomuns em obras de arte. Os documentos relativos à obra, encontrados no DER de Ribeirão Preto, mostraram que a maioria das anomalias encontradas teve sua origem durante a execução da obra, anomalias estas que se desdobraram e se potencializaram ao longo da vida útil da obra. Pesquisas mais aprofundadas para permitir que a analise estrutural retratasse, o mais próximo possível, as condições reais da obra, foram propostas, executadas e analisadas.

 

Concluiu-se que as anomalias existentes na superestrutura, em especial o comprometimento dos cabos da protensão original e do reforço do tabuleiro, eram de impraticável correção. Pelas condições de estabilidade e qualidade das peças analisadas da infra-estrutura e da fundação, em especial a não existência de qualquer embutimento desta fundação no arenito fraturado, concluiu-se que a obra não possuía segurança sequer para resistir aos carregamentos do TB-36. Finalmente, para a manutenção da segurança dos usuários da via, concluiu-se pela prudente interdição da obra, a ser desmontada e substituída por uma nova ponte com as mesmas características da obra paralela, adequadas ao perfil fornecido do eixo local, possibilitando a construção do retorno previsto no local.

 

Para o desmonte ser realizado de forma a garantir a segurança nas operações, considerando as características especiais, anomalias existentes e a capacidade portante reduzida da estrutura, os serviços foram desenvolvidos conforme seqüência definida pela TECPONT de acordo com metodologia de análises e procedimentos, iniciada com a fresagem integral do pavimento para alívio de cargas.

 

O apoio de dois caminhões guindauto (munck) modelo MD 30, máquina auto propelida equipada com serra diamantada e perfuratriz com broca tubular diamantada, viabilizaram o corte em trechos de 6 m, a retirada e o transporte dos passeios de ambos os lados.

 

O sistema de escoramento da estrutura foi executado com treliças metálicas tipo T30 nos 4 vãos, e o cimbramento nos balanços com torres metálicas tipo Etem Rohr. Os escoramentos foram cunhados na estrutura a fim de evitar impactos, e as vigas foram travadas lateralmente no escoramento para garantir a estabilidade lateral.

 

Paralelamente, foi iniciada a perfuração das lajes entre vigas utilizando broca tubular diamantada, observadas as posição dos cabos transversais na laje para que não sejam cortados.

 

Cada trecho de remoção de laje e transversina foi precedido do corte, com máquina com serra diamantada e perfuratriz, de mais um trecho da estrutura, alterando a característica funcional da viga. Como a distância entre patolas do caminhão guindaste modelo MD 45, utilizado para o içamento, é de 6,30 m e entre vigas é de 6,75 m, foi feita uma “fogueira” para que a carga das patolas fossem transferidas para os respectivos eixos das vigas principais.

 

O corte e içamento sempre respeitou o limite da transversina intermediária próxima ao guindaste, e o içamento e giro foi executado com o caminhão de transporte fora da obra. Com o guindaste imóvel, foi permitido ao caminhão de transporte entrar lentamente para receber a carga. O novo movimento do guindaste só foi permitido após a saída do caminhão de transporte da obra.

 

Após o segundo corte da laje em balanço, com o guindaste posicionado e os cabos esticados, foi iniciado o desmonte da laje entre vigas, subdividida por trechos de painéis limitados pelas vigas principais e transversinas em 48 peças. Cada painel subdividido em trechos foi içado e retirado, liberando para desmonte a transversina intermediária que ficou isolada das lajes.

 

Para viabilizar a retirada das transversinas isoladas das lajes com o equipamento patolado sobre a obra, foi procedido seu desmonte utilizando perfuratriz e maquina oleodinâmica com cabo diamantado. O procedimento para içamento e transporte obedeceu seqüência semelhante ao das lajes.

 

O desmonte final da superestrutura foi iniciado com o corte, içamento e remoção das transversinas de apoio e se encerrou com a retirada das vigas dos balanços e encontros com guindaste modelo Liebherr LTM 1500 locado nos encontros, com capacidade para 550 tf.

 

Face a carga de reação máxima de 170 t por patola do equipamento e a proximidade que as mesmas estarão do encontro da estrutura, propomos a execução de fundação específica e instalação da “fogueira” sobre as mesmas para garantir a estabilidade e segurança das operações.

 

Após o desmonte dos escoramentos, passamos ao corte dos pilares e respectivos travamentos. Para os apoios extremos, 01 e 05, foram feitos cortes no nível do solo. Para os apoios 02 e 04, que possuem mais de uma travessa de travamento entre tubulões, o primeiro corte foi executado no nível superior da segunda travessa e o segundo corte foi executado com método sub-aquático junto ao leito do rio.

 

O desmonte do apoio 03 foi feito em três etapas. A primeira a 2,50 m do face superior da primeira viga de travamento, a segunda com o corte da viga de travamento intermediária, encerrando o desmonte com corte sub-aquático junto ao leito do rio.